Olhei algum tempo para as minhas mãos.
Mãos que podem chamar a vida e a morte, na mesma proporção. Não que eu tenha pretensão de ser parteira, ou assassina. Mas nunca se sabe o caminho que as mãos podem tomar em momentos de apuros.
E se eu fosse muda? Falaria com as mãos. Se eu não tivesse mãos? Calaria toda a tristeza do mundo dos mudos.
Quem tem mãos, então, que saiba aproveitá-las, agarrando tudo o que lhe convém, e o que não convém também...
(mas, só nos finais de semana).