De repente eu fiquei com vontade de anotar o que a gente conversa ( pra ver o grau do besteirol, talvez), e anotei, sem ninguém notar, sem ninguém prestar atenção na verdade, pela empolgação da conversa, eles viram que eu tava anotando alguma coisa, mas não foram ver o que era, então eu tentei seguir o ritmo do diálogo, mas não deu tempo, por isso está sem sentido, descontextualizado, e não dá pra entender, pois quando eu terminava de anotar uma frase o assunto já era outro.
?- Era?
Eu - Era. Sozinha, porque eu não tinha irmãos.
Eu – Eu não sei andar de bicicleta não.
Mateus – Olha aqui oh os dente daquele pedal horrível, eu não sei quem foi o idiota animal que inventou aquele pedal de metal.
Lara – Eu sou frustrada porque não tive patins.
Eu – Eu tive, da barbie.
Lara – A minha mãe não quis, porque soube de alguém que bateu a cabeça e morreu.
Mateus – A gente tinha um circuito de bicicleta dentro da cozinha, a gente botava um banco véi azul no mêi da cozinha.
Lôra – E aí, vai ser o do dicionário?
Luana – Foi, a Amanda disse que era legal.
(Passou, alheia, muito magra, muito alta, cabelo cacheado, não sei quem é; passou).
Mateus – Uma vez, ele jogando, aí o bichozão aqui né, sanguezão, aberto o supercilho né, aí eu macho, diabéisso aí macho...
Lara – E tu com quantos anos?
Mateus – Uns doze, treze.
Eu – Caralho.
Lara – Caralho doido.
Mateus – Eram os brocos, era o apelido deles “los brocos”.
Mateus – E as piadas, as piada mais horrível do mundo.
Lara – Imoral...
Mateus – Era.