quarta-feira, maio 18, 2005

Eu tava com tanta fome, que fui comer a maçã e arranquei o chaboque do beiço. Saiu um bocado de sangue, que se misturou com o vermelho da casca da maçã, e me lembrou maçã-do-amor.
Minha vida anda assim: sem a mor e com poucas maçãs. Quase não tem comida aqui, e a comida que tem eu guardo pra Ju, que ta com câncer.
Sei não, antes era tão bom. Faltava nada. Nem tempo faltava. Hoje tudo passa rápido, desse jeito nem parece vida. Parece programa de computador. Ou então aqueles vídeo-games, que a gente sempre tem um objetivo, e quando alcança já tem outro, e depois outro. Dá nem tempo vibrar. Se for vibrar, tem que dar pause. Mas ninguém dá pause na vida. E se der, é por causa de morte, doença, estado vegetativo, desespero. Apesar de tudo, nós temos permanecido com sorriso no rosto. Quando estamos as três em casa a gente ri, brinca, se diverte. Até a Ju, que esquece da doença e vem, com o rabinho balançando e a língua pra fora, pular em cima de nós duas.

4 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

acho que é quase unânime esse negocio de não ter coisas em casa como se tinha antes. aqui pelo menos é a mesma história.

e á possível sim dar um pause na vida...quando saimos com os amigos, nos encontramos nos barzinhos da vida, nos telhados, nas conversas da varanda =]

7:34 PM, maio 18, 2005

 
Anonymous Anônimo disse...

cachorro, um bicho engraçado, parece certos humanos!

7:40 PM, maio 18, 2005

 
Anonymous Anônimo disse...

suya???? tah tudo bem??? rsrsrs amo-te, amo-te!!

2:19 PM, maio 19, 2005

 
Anonymous Anônimo disse...

mais um desses por favor.
=DDDDDDDDDD

7:06 PM, maio 22, 2005

 

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